No primeiro dia do ano, enquanto todos estavam voltados para o céu a ver os fogos, a prefeitura de Londrina voltou-se aos terminais de ônibus e aumentou a tarifa: de R$ 2,30 foi para R$ 2,65. Agora que todos estão de volta à vida laboriosa, Passe Livre e Black Bloc organizam os protestos.

Ontem no final da tarde uma manifestação fechou as principais vias do centro. Houve depredações de ônibus, lixo queimado e pichações em muros. Evaristo Cólman, professor da Universidade Estadual de Londrina e integrante do Comitê do Passe Livre, disse "“O movimento é para ganhar gente e não causar problemas para as pessoas e a cidade. Não podemos dar de bandeja motivos para críticas”. Um black bloc respondeu “vamos fazer do nosso jeito. Do jeito que a gente sabe”. Apesar de os integrantes do Passe Livre não compactuarem com as atitudes dos colegas de protesto, evitam criticá-los, como fez Maíra Vieira: "Vandalismo é o que o governo faz com os trabalhadores com uma tarifa de R$ 2,65.” Porém, afirmou que a participação do Black Bloc será discutida nas reuniões do movimento.

O prefeito Alexandre Kireeff (PSD), disse que vai receber os integrantes do Passe Livre para uma reunião mesmo com todas as depredações. “A reunião está mantida porque entendemos que não é política do Passe Livre depredar o patrimônio público”, compreendeu o prefeito.