Cultura
03.09.2015
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30.08.13
Vilma Slomp lança o livro Curitiba Central
por Da redação

Curitibana de coração, a fotógrafa Vilma Slomp registrou em imagens durante 33 anos a cidade que a recebeu ainda na infância.


ICNEWS

Curitibana de coração, a fotógrafa Vilma Slomp registrou em imagens durante 33 anos a cidade que a recebeu ainda na infância. Desde o final dos anos 70 até os dias atuais, com seu olhar apurado, a artista fotografou o centro da capital paranaense, evidenciando as profundas modificações sofridas pelo espaço urbano ao longo deste período. As imagens compõem o livro Curitiba Central, que será lançado no dia 31 de agosto no seu atelier em Curitiba, junto com uma exposição de fotografias.

São 244 fotografias em preto e branco em 384 páginas que provocam sensações distintas ao leitor, como se existissem várias cidades em um mesmo espaço. O trabalho fotográfico tem como referência o anel central determinado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, formado pela Avenida Sete de Setembro até a Alameda Augusto Stellfeld, e da Rua Desembargador Motta até a Rua Ubaldino do Amaral.

A obra permite uma viagem no tempo e na memória, a arquitetura de madeira do século passado que remete à colonização e as modernas construções estão retratadas em detalhes. “Curitiba e eu crescemos e mudamos juntas. Registrei detalhes e construções importantes da história, como o Café Alvorada e o Museu Paranaense. O observador resgata nas fotografias o patrimônio urbano que remete a diferentes épocas da nossa cultura e ajuda a entender a Curitiba do centro atual”, afirma Vilma.

O pesquisador e curador de fotografias Rubens Fernandes Junior destaca a valorização dos detalhes nos registros da artista. “Ela tratou a cidade como um desenho lógico valorizando o fragmento, o detalhe, as marcas dos seus gestores, as fontes e os chafarizes, os edifícios representativos da identidade cultural do cidadão. Enfim, sua fotografia é essa espécie de desenho lógico criada na imprecisão do acaso das suas andanças pela região. Através das suas fotografias podemos entender a cidade como um palimpsesto, ou seja, camadas de memória e de tempos que provocam distintas sensações. É como se pudéssemos ver várias cidades na mesma cidade”, afirma o crítico.

Para mostrar a vida urbana de uma das principais cidades do país, a artista registrou o ritmo de vida da sua população, suas etnias e peculiaridades, com destaque para a arquitetura central. “O destaque é a arquitetura curitibana, com seus monumentos, prédios, lojas, igrejas, restaurantes e todas as construções que compõem o centro, cenário das principais transformações urbanas vivenciadas por Curitiba central ao longo destes mais de 30 anos”, explica a artista. Para realizar as imagens, usou equipamentos analógicos e filmes preto e branco.

Ao longo dos anos, Vilma procurou enquadramentos mais desafiantes que revelassem a sua visão da cidade. Nas fotos, aparecem detalhes que muitas vezes passam despercebidos na correria do dia a dia e mostram uma Curitiba de outro ângulo. “Procurei usar as luzes naturais a meu favor e captar registros únicos, mostrando a transformação do centro de Curitiba neste período. As fotos permitem ao observador passear pela cidade e resgatar sua visão da capital”, aponta a fotógrafa.

O livro apresenta ainda 12 fotografias panorâmicas, impressas no tamanho 0,27m x 1,07m, tornando os registros mais completos e enriquecedores. “O ensaio traz alguns panoramas da região central de Curitiba, mas hoje é perceptível que a visão panorâmica não dá mais conta daquilo que é efetivamente a cidade. Antigamente, evidenciava os relevos, a sinuosidade dos rios, as torres das igrejas. Hoje, exibe um desenho recortado de volumes edificados que não dão conta de mostrar qualquer detalhe mais significativo da cidade”, afirma Rubens Fernandes Junior.

Este livro é um memorial da transformação de uma Curitiba invulgar e múltipla, o livro que faltava para conhecer o coração de Curitiba.


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