Mãe

Valter Hugo Mãe esteve entre nós. Esse escritor português que nasceu em Angola, mas lá não viveu, pegou-me de jeito com seu romance o remorso de baltazar serapião e desde então instalou-se à minha esquerda, na mesa de cabeceira, por onde passaram nos últimos meses o delicioso a máquina de fazer espanhóis, O filho de mil homens e a Desumanização.
Os quatro primeiros romances de Valter Hugo Mãe formam a tetralogia das minúsculas. Aboliu as maiúsculas, inclusive em seu nome. “Quis chamar a atenção para a natureza oral dos textos e recondução da literatura à liberdade primeira do pensamento.”
Em Curitiba queria saber de dois escritores que lhe são caros. Dalton Trevisan e Paulo Leminski. Andou pela cidade a visitar lugares em que Leminski viveu. Esteve com o fotógrafo Dico Kremer, autor daquela foto de Leminski despido que correu o mundo.
Sua maior surpresa deu-se ao voltar ao hotel na última noite na cidade e se deparar com um pacote e um bilhete. Livros do Dalton acompanhados da mensagem gentil do nosso escritor. Prova de que o Dalton só não quer contato com os chatos. Da próxima vez que Mãe estiver por aqui, terá um encontro com o Vampiro.

FC

Valter Hugo Mãe


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