O dono do clarone, clarinete e afins

Alguém em algum lugar me contou que ele iniciou os estudos de música ainda guri em São Paulo. Não sei quais ventos levaram nosso curitibano até lá, mas é boa a certeza que o trouxeram de volta e aqui, à sombra dos pinheirais, ele sopra suas brisas que se espalham pelo mundo. É bem verdade que não para; vai e volta, Europa, França e Bahia, ele não tem sossego e não deixa ninguém sossegado.

O clarinete é o instrumento em que o aprendemos a ouvir, mas é também dono oficial do clarone. E alguém, em algum lugar, disse que a cada dia ele e o clarone estão mais parecidos, metamorfose que se vê no palco, um se misturando ao outro, como se fossem criador e criatura, ele e a música, um só.

Regente e diretor artístico da Orquestra à Base de Sopros de Curitiba, curador da Oficina de Música de Curitiba, pesquisador de choro e autor de vários projetos em torno do tema, alguém disse em algum lugar que qualquer conversa o leva a uma ideia nova, nova atividade que se desenvolverá num estalar de dedos.

Não é possível relacionar aqui o fiel à sua biografia, discos, apresentações, participações, canjas, festivais, formações, regências. Alguém em algum lugar disse que nem ele mesmo sabe o tamanho de sua trajetória.

Muitas pessoas falam de Sérgio Albach, mas a gente nunca sabe direito quem e onde, porque suas possibilidades sonoras são um manto que cobre qualquer tipo de comentário, como esse, por exemplo, que deve ser encerrado aqui para a busca da audição desse grande músico, um dos melhores.

Foto: Adriana Sydor

Sérgio Albach


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