Eis um curitibano nascido em Nova Trento, Santa Catarina, de onde guarda um estoque de saudades e leve sotaque que não lhe permite pronunciar vogais com o som fechado dos viventes desta terra. Mas ninguém pode dizer que Dante Mendonça não é um escritor curitibano.
Todos os seus livros foram construídos a partir de temas de Curitiba. “A Banda Polaca” – Humor do imigrante no Brasil Meridional; - “Curitiba: Melhores Defeitos, Piores Qualidades”; e “Serra Abaixo, Serra Acima: o Paraná de trás pra frente”. E se nasceu no vizinho, é imortal aqui.
Dante Mendonça lança seu novo livro no dia 21 de setembro. O título antecipa o que se deve esperar desse texto que mescla história e ficção em tempero de refinado humor: “Maria Batalhão, Memórias Póstumas de uma Cafetina”.
Pois, pois, Maria Batalhão é personagem central desse romance picaresco que recupera a vida, paixão e sorte das maiores cafetinas que passaram por esta área úmida do planeta. Sem esquecer suas meninas.
Otília, a do bangalô de cor azul-calcinha; Uda, que à tarde recebia ungidos do Senhor. Ávila, loira de muitas arrobas, parente em linha direta do ex-presidente Jânio Quadros.
Mais, muitas mais. A criatividade de Dante Mendonça não tem limites para esse tema que mexe com a imaginação de todos e reconstrói uma Curitiba tímida que se revelava insaciável sob os lençóis.
Vá conferir no dia 21 de setembro, sexta-feira das 17 às 21 horas, no Paço da Liberdade.