Política
03.09.2015
03.09.2015
03.09.2015
03.09.2015
03.09.2015
17.03.15
Que povo é esse?
por Adalberto Vera
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Alguém percebeu que desde o dia 14 de maio de 2005, há 10 anos, quando a revista Veja divulgou a transcrição de uma gravação de vídeo na qual o diretor dos Correios, Maurício Marinho, solicitava e também recebia propina para ilicitamente beneficiar um empresário, não houve um só dia sem denúncia de corrupção no governo do PT? Era apenas o fio da meada. Depois veio o Mensalão, uma penca de ministros apeados por denúncias cabeludas, denúncias pontuais e agora o Lava Jato descobre o maior escândalo de corrupção de toda a história do país.

Bem, agora me digam que povo é esse que, apesar de toda a ladroagem na República, reelegeu Lula, elegeu Dilma e reelegeu Dilma? Ora, pois, isso prova que mentira nem sempre tem perna curta e, quando bem aplicada, funciona a favor dos mentirosos. A parcela mais pobre e desinformada acredita em Lula e em Dilma como acredita em divindades religiosas e torce por eles como torce pelo seu time de futebol preferido, nenhuma racionalidade, só engodo e emoção.

Agora, com a divulgação da lista de políticos envolvidos na corrupção que quase quebra a Petrobras, a temperatura subiu em Brasília. Até porque com mais gente na mira abrem-se fartas possibilidades de traições e novas trincheiras para se percorrer a trilha da roubalheira. “Siga o dinheiro (Follow de Money) e você chegará ao chefe do crime.” O conselho certeiro de W. Mark Felt (o Garganta Profunda), principal fonte de informação dos repórteres Bob Woodward e Karl Bernstein (Washington Post) nos bastidores do poder nos Estados Unidos – ao longo das investigações do célebre Escândalo Watergate –, volta a pontificar, no Brasil 2015 do Petrolão, como método adotado e levado à risca pelo juiz Sérgio Moro. Os rastros costumam valer mais do que o número de gente metida na encrenca. Percorrê-los tem sido a obsessão dos investigadores da Operação Lava Jato. E passam a ser agora tarefa primeira das investigações e diligências autorizadas pelo ministro Teori Zavascki, do STF. Por enquanto, a lista fala mais pelo o que não diz. Aponta quem recebeu propina e esquece-se de quem mandou pagá-las.

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