Política
03.09.2015
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03.09.2015
03.09.2015
11.10.13
Os novos números da disputa eleitoral de 2014
por Felipe Kryminice

Pesquisa exclusiva da revista Ideias, realizada pelo Paraná Pesquisas, mostra a preferência do eleitorado curitibano

GOVERNO DO ESTADO: De acordo com a pesquisa espontânea realizada com os eleitores curitibanos, 76,88% responderam que não sabem em quem votarão nas eleições para governador, em 2014. Entre os candidatos mencionados, o atual governador, Beto Richa, lidera com larga vantagem, com 10,27% da preferência do eleitorado. Beto aparece com o triplo das intenções de voto do principal concorrente que, de acordo com a pesquisa espontânea, é o senador e ex-governador do Paraná Roberto Requião, com 3,73%. Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Casa Civil, aparece logo na sequência, com 3,15% da preferência do eleitorado. Ratinho Júnior foi citado por 1,74% dos entrevistados. Gustavo Fruet, Jaime Lerner, Joel Malucelli e Osmar Dias também foram lembrados espontaneamente pelos eleitores curitibanos.
GOVERNO DO ESTADO: Ratinho Júnior é a grande surpresa na disputa pelo Governo do Paraná, segundo a pesquisa estimulada. O candidato, que nas eleições municipais de 2012 atingiu números expressivos e na pesquisa espontânea aparece de maneira tímida, alcança a vice-liderança da pesquisa estimulada, com 25,19% da preferência do eleitorado curitibano. Beto Richa segue na liderança, com 26,26%. Gleisi Hoffmann, do PT, aparece de maneira significativa, com 19,64%. Roberto Requião, que alcançou o segundo lugar na pesquisa espontânea, desta vez tem a quarta colocação e 13,01% das intenções de voto. Joel Malucelli tem a preferência de 3,81% dos curitibanos.
GOVERNO DO ESTADO: Em um outro cenário, sem a presença de Ratinho Júnior, Beto Richa, com 35,87%, mantém a distância de aproximadamente 7% em relação Gleisi Hoffmann, que chega a 28,33%. Roberto Requião atinge 16,57% e Joel Malucelli 5,63%. Percebe-se que nesta situação quem perde força é Roberto Requião, que vê a grande parte dos potenciais votos de Ratinho Júnior migrar para Beto Richa e Gleisi Hoffmann. Enquanto a dupla cresceu aproximadamente 10%, cada, sem a presença de Ratinho Júnior, o senador Roberto Requião viu seu índice subir de maneira tímida, com uma evolução de aproximadamente 3%.
GOVERNO DO ESTADO: A reeleição de Beto Richa parece estar mais próxima em uma nova situação, que exclui Gleisi Hoffmann e Ratinho Júnior da disputa e supõe um embate entre Beto Richa, Roberto Requião, Osmar Dias e Joel Malucelli. Nesta nova simulação, Beto lidera com larga vantagem sobre o segundo colocado, Roberto Requião. Enquanto o atual governador tem 40,60% da preferência do eleitorado curitibano, o senador Roberto Requião aparece com aproximadamente a metade dos votos, e registra 20,71%. Osmar Dias, que em 2006 disputou as eleições para Governo do Estado de maneira acirrada e, por pouco, quase desbancou Roberto Requião, então governador reeleito, foi mencionado por 16,24% dos entrevistados. Joel Malucelli, por sua vez, atingiu a marca de 5,72%.
GOVERNO DO ESTADO: Os cenários anteriores mostraram que a disputa mais evidente parece ser entre Beto Richa e Gleisi Hoffmann. Uma simulação de disputa entre o atual governador e a ministra-chefe da Casa Civil aponta para uma reeleição de Beto. Enquanto Gleisi Hoffmann tem 37,86% da preferência do eleitorado curitibano, Beto Richa foi o escolhido por 43,58%. Índices que não são definitivos, pois 10,02% disseram não saber em quem votariam, o que permitiria uma virada no resultado. Os números também dão a noção de como seria um possível embate no segundo turno entre os dois candidatos.
SENADO: Os números da pesquisa espontânea para disputa pelo Senado revelam a indecisão do público curitibano. 87,90% responderam que não sabem em quem votarão, enquanto 3,40% disseram que não votariam em ninguém. De modo que apenas 10% da população curitibana têm o pretenso candidato escolhido. Entre os preferidos, Alvaro Dias tem 5,05% da preferência do público curitibano. Osmar Dias 1,57%. Na sequência, a disputa fica acirrada: Ney Leprevost aparece empatado tecnicamente com o senador Roberto Requião, ambos têm 0,41%. Empate técnico também para André Vargas e Gleisi Hoffmann, que marcaram 0,33%. Gustavo Fruet e Sérgio Souza também foram mencionados por entrevistados.
SENADO: O senador Alvaro Dias aparece com grande vantagem na pesquisa estimulada, conquistando a preferência de mais da metade da população curitibana, com 53,36% das intenções de voto. Ney Leprevost atingiu 18,48%, André Vargas 5,39% e Rosane 4,64%. Assim como na pesquisa para o Governo do Estado, percebe-se grande oscilação entre os números da pesquisa estimulada e espontânea. Neste segundo levantamento, 9,20% mantiveram a resposta de que não sabem em quem votarão. 8,95% responderam que não votariam em ninguém.
SENADO: Neste cenário, sem a presença de Ney Leprevost, cresce o domínio de Alvaro Dias, que passa a ter 61,14% da preferência do eleitorado. André Vargas e Rosane crescem de maneira modesta, com uma evolução que ficou entre 1% e 2%. Eduardo Sciarra teria 2,32% das intenções. O número dos indecisos e daqueles que votariam em branco também cresce: passa ser de 12,26% e 10,77% respectivamente.
SENADO: Em uma situação que prevê a presença de Osmar Dias na disputa pela vaga no Senado e exclui Alvaro Dias do páreo, cresce o número daqueles que não sabem em quem votariam (12,59%) ou não votariam em ninguém (13,09%). A ausência de Alvaro Dias faz com que este seja o cenário com o maior número de eleitores sem um candidato escolhido. Por outro lado, a tendência de um candidato na liderança com larga vantagem segue: nesta situação, Osmar Dias tem 55,76%, contra 7,79% de Rosane, 7,54% de André Vargas e 3,23% de Eduardo Sciarra.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA: Na pesquisa espontânea, chama a atenção o número de eleitores que não sabem em quem votarão para presidente nas eleições do próximo ano. 74,4%, quase ¾ da população, dizem não ter candidato de sua preferência. 5,55% responderam que não votariam em ninguém. Ou seja, de acordo com a pesquisa espontânea, apenas 20% dos eleitores curitibanos têm candidato escolhido para a corrida presidencial. Entre os escolhidos espontaneamente, Dilma Rousseff lidera com 6,21%, seguida por Lula com 4,56%. Aécio Neves aparece como principal ameaça ao PT e tem 3,31% das intenções de voto. Marina Silva foi mencionada por 2,15% dos entrevistados. José Serra, que tenta correr por fora, e Joaquim Barbosa, que esteve em grande evidência no ano de 2013, marcaram, respectivamente, 1,16% e 1,08%. Alvaro Dias, Fernando Henrique Cardoso, Cristovam Buarque e Eduardo Campos também foram mencionados nas respostas.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA: Na pesquisa estimulada, cresce, significativamente, o número de intenção de votos conquistado pela candidata Marina Silva. Enquanto a atual presidente Dilma Rousseff atingiu índices preocupantes na capital paranaense e foi mencionada por 26,10% dos entrevistados, Marina, que na pesquisa espontânea atingiu a quarta colocação, passa a ter a liderança com 29,91% das respostas. Aécio Neves aparece com 18,64%. Eduardo Campos também cresce e tem 5,72% da preferência do eleitorado. 10,11% dos curitibanos não sabem em quem votariam, mesmo na pesquisa estimulada. 9,53% mantêm a ideia de não votar em ninguém.
AVALIAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL: Perguntados sobre a administração de Dilma Rousseff até o momento, 56,92% dos eleitores curitibanos disseram que reprovam o trabalho da presidente. 40,02% estão de acordo com a gestão feita por Dilma e 3,07% dos curitibanos não souberam ou não opinaram. Se comparado a índices anteriores, os números atuais alcançados pela administração de Dilma podem ser considerados preocupantes. Entre as possíveis causas, certamente está a recente onda de manifestações que tomou conta das ruas e colocou em pauta os problemas que a administração federal vem causando à população brasileira. Outra possível justificativa é a histórica rejeição curitibana ao PT.
AVALIAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO ESTADUAL: A mesma população curitibana que, em sua maioria, reprovou a administração de Dilma parece estar mais satisfeita com a gestão estadual. Entre os entrevistados, 55,84% responderam que aprovam a administração de Beto Richa. O índice de desaprovação é de 40,85%. Não sabem, ou não opinaram, 3,31%. Os números confirmam a força que o ex-prefeito de Curitiba sempre teve na capital paranaense. A aprovação de Beto também dá indícios de que o governador soube passar pelo turbulento período de manifestações e reivindicações populares sem maiores prejuízos em sua popularidade.
AVALIAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL: O índice de aprovação da gestão da capital paranaense apresenta o número mais generoso e otimista entre as avaliações que os curitibanos fizeram das administrações federal, estadual e municipal. Perto de completar o seu primeiro ano à frente da Prefeitura de Curitiba, Gustavo Fruet tem sua administração aprovada por 60,89% da população de Curitiba. Aqueles que desaprovam somam 33,55%. Não sabem ou não opinaram, 5,5%. Os números surpreendem e confirmam a confiança do eleitor curitibano, que elegeu Gustavo Fruet em uma das maiores viradas da história eleitoral de Curitiba. Vale ressaltar que estes números podem ser úteis, também, para os candidatos aliados e partidos envolvidos que pretendem disputar o Governo do Estado em 2014. Resta saber se a administração tem fôlego para manter a aprovação até as eleições do ano que vem.
MAIS MÉDICOS: Uma das grandes questões debatidas pelo País foi a importação de médicos estrangeiros para trabalhar no Brasil. Muitas discussões pareciam ter outros interesses que não eram prioritariamente a saúde da população brasileira, deixando a questão de maior interesse em segundo plano. A população de Curitiba, que é a principal interessada na situação da saúde curitibana, aprova amplamente a vinda dos médicos, com 64,62% dos entrevistados favoráveis a esta iniciativa. 27,75% dos entrevistados foram contra.

Daqui a um ano os eleitores curitibanos irão às urnas para escolher os candidatos de sua preferência. Nas eleições de 2014, a disputa é pelo governo estadual, uma vaga para o Senado, a bancada de deputados federais e estaduais, além da corrida presidencial.

Nessas concorridas eleições, o expressivo número de eleitores curitibanos – mais de 1 milhão de votantes, o que faz da capital paranaense o maior colégio eleitoral do Estado – tem relevância e pode ser determinante até na escolha do presidente da República.

O registro também é relevante uma vez que mede a consequência do conturbado período de manifestações, que provocou grande instabilidade política e atingiu diretamente a popularidade de alguns governantes. Passada a turbulência, como anda a cabeça do curitibano, hoje, a 12 meses das eleições?

Para responder a essa pergunta, a revista Ideias encomendou uma pesquisa de opinião pública. Realizada pelo Paraná Pesquisas, o estudo ouviu 1.207 eleitores da capital paranaense, entre os dias 04 e 08 de setembro de 2013.

Entre as perguntas – com respostas estimuladas e espontâneas, e várias opções de cenários e possibilidades de embate – os entrevistados responderam a questionamentos sobre as eleições do próximo ano. O curitibano também revelou a aprovação que faz das administrações federal, estadual e municipal. Outro índice mostrou o que a população da capital pensa da vinda de médicos estrangeiros para trabalhar no Brasil.

O levantamento foi feito de acordo com dados registrados em entrevistas pessoais. A amostra tem um grau de confiança de 95%, com margem estimada de erro de 3,0% para os resultados gerais.

Na sequência, os detalhes da pesquisa.


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