A cinza das horas
De Manuel Bandeira

Manuel Bandeira se estivesse vivo no mês de abril faria 128 anos, idade tão inacreditável quanto seus poemas. Iniciou o curso de arquitetura na Escola Politécnica de São Paulo, porém (in)felizmente teve uma tuberculose que o forçou a interromper. Em 1913 ele se muda para Suíça para se tratar da doença, no ano seguinte volta por causa da eclosão da Primeira Guerra Mundial e em 1917 estreia na cena literária com “A Cinza das Horas”, ele escrevia para fugir da inatividade.

O livro-inaugural tinha apenas 200 exemplares, os quais foram custeados pelo próprio autor, e mostra um Manuel Bandeira abalado pela tuberculose, com tom fúnebre comprovado em poemas como Desencanto ou em Epígrafe que diz: “Sou bem-nascido. Menino, / Fui, como os demais, feliz./ Depois, veio o mau destino/ E fez de mim o que quis.” Isso porque o livro foi escrito no desenrolar da sua doença. Manuel Bandeira não tinha pretensões literárias, em se afirmar como um escritor ou poeta, porém acabou por se tornar um dos bons.

 

Foto: divulgação


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