Paraísos Artificiais
De Charles Baudelaire

Em Paraísos Artificiais, publicado em 1860, Charles Baudelaire descreve e compara os efeitos de três substâncias psicotrópicas: o haxixe, o ópio e o vinho. No caso do haxixe, ele se baseou em experiências próprias, como frequentador do Club des Hachichins, círculo de artistas e intelectuais que se reunia no Hotel Pimodan, em Paris, para experimentar as sensações de alargamento dos sentidos provocadas pela droga. Já o capítulo sobre o ópio se baseia no livro Confissões de um Comedor de Ópio (1821), de Thomas de Quincey, que Baudelaire traduziu livremente para o francês. Para o poeta, sensações mais agradáveis e menos danosas decorrem do vinho – com uma ressalva: desde que consumido com moderação. “Existe um deus misterioso nas fibras da videira. Como são grandes os espetáculos do vinho, iluminados pelo sol interior! Como é verdadeira e abrasadora esta segunda juventude que o homem dele retira! Mas como são, também, perigosas suas volúpias fulminantes e seus encantamentos enervantes”, escreve.


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